Primeiro foi o Adriano a chamar-me a atenção. Depois foi o Alexandre. Os dois estavam a receber SMS's e MM's meus que eram dirigidos a outras pessoas. Palavras tão profundas como "estou quase a chegar. Um beijinho", imagens de inscrições nas paredes da cidade, provocações ternurentas do género "ou atendes o telefone ou rebento-te a boquinha toda". Depois percebi o motivo da ocorrência: enquanto o telemóvel não se auto-bloqueava, tratava de, entalado entre os movimentos do meu bolso direito, enviar correspondência para os a's da minha lista. Calculo que não seja caso único - o meu telemóvel não é assim tão diferente do dos outros, há por aí muito boa gente com bolsos. Sim, os primeiros nomes da minha lista telefónica são os que mais sabem da minha vida pessoal. Eles que nada fizeram de mal para merecer isso.
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