Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2012

Para o dia de hoje fica esta do Papa

O Pavão

 

E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor das suas cores; é um luxo imperial.

Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.

Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

 

Rubem Braga

publicado por Pedro Marques Lopes às 00:01
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